quarta-feira, dezembro 6

O Taj Mahal

Fonte : Revista Seleções
Data : Janeiro de 1974
Autor : Lowell Thomas

Como a grande Pirâmide, o Taj Mahal é um sepulcro. Mas, ao contrário da pirâmide, que celebra a vaidade faraônica, o Taj celebra o romance, imortalizando uma das mais pungentes histórias de amor. Numa sociedade em que era norma possuir-se múltiplas esposas, o criador do Taj, o Xá Jahan, concentrou o seu amor numa mulher, a linda Arjumand Banu. Fazendo dela a sua imperatriz, ele a chamou Mumtaz Mahal (“Eleita do Palácio”), de que derivou o nome Taj Mahal. Durante 19 anos, o casal desfrutou o máximo da felicidade conjugal. Então, ao dar à luz o seu 14º filho, Arjumand morreu. Inconsolável, o imperador devotou o restante do seu reinado, e quase toda a imensa riqueza do seu império, a erigir em sua memória a mais sublime de todas as maravilhas do homem.
Visto à distância, o Taj parece uma figura de sonho, com uma graça e leveza que evocam a admiração pelo homem que conseguiu um resultado tão milagroso usando mármore. Há delicados minaretes em cada canto. Acima, ergue-se a grande cúpula, encimada por um crescente, e flanqueada por cúpulas menores. A luz entra pelas telas entrelaçadas. No interior de sua câmara central, as paredes são decoradas com florões de pedras semi-preciosas, incrustadas no mármore.
A criação desta obra prima consumiu quase duas décadas, ocupando o trabalho de quase 20 mil homens. O Xá Jahan viveu mais 10 anos depois de concluída a sua obra, em 1648. quando morreu, foi enterrado no Taj Mahal ao lado de sua amada.

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