segunda-feira, abril 2

Você conhece a Barbie?

Fonte : Revista Seleções
Data : Novembro de 1999
Autor : Brad Herzog

Curiosas histórias por trás de três símbolos americanos

Estátua da Liberdade.
Por volta de 1875, o escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi trabalhava num enorme projeto denominado “A liberdade iluminando o mundo”, um símbolo de independência dos EUA e da aliança franco americana. Na mesma época, apaixonou-se por Jeanne Emilie Baheux de Puysieux, que conhecera no Canadá. A dominadora mãe do artista não podia aprovar a afeição do filho pela mulher que ela não conhecia, mas Bartholdi não desistiu e casou-se com Jeanne Emilie em 1876.
Nesse mesmo ano, o escultor concluiu o braço direito da estátua e a tocha. Dizem que usou o braço da mulher como modelo, mas achou que o rosto era bonito demais para a estátua. Precisava de alguém cuja expressão representasse ao mesmo tempo sofrimento e força, um rosto mais severo do que sexy. Escolheu a mãe.
A Estátua da Liberdade foi inaugurada no norte da Baía de Nova York em 1886. Tinha o rosto da mãe e o corpo da mulher, mas Bartholdi a chamou de “minha filha, liberdade”.

Barbie.
Bárbara Handler era a filha de Elliot e Ruth Handler, co fundadores, ao lado de Harold Mattson, dos brinquedos Mattel. Ruth teve a idéia de criar a Barbie após observar a filha brincando com bonecas de papel. O modelo tridimensional foi uma boneca alemã chamada Lili – um brinquedo cômico descrito como tendo a aparência de uma “mulher vulgar ou de uma atriz no camarim”. A Mattel modificou a boneca, criando uma versão saudável, tipicamente americana, e a batizou em homenagem a Barbara, já adolescente.
Desde seu lançamento em 1959, Barbie tornou-se a Rainha das Bonecas, reconhecida universalmente. Segundo a Mattel, uma garota americana típica possui dez Barbies e, a cada segundo, duas são vendidas em algum lugar do mundo.
Os Handlers perderam o controle sobre a Barbie quando se desligaram da empresa em 1975. hoje uma senhora, Bárbara – que não dá entrevistas mas cujo amor pela boneca é conhecido – talvez seja a figura anônima de maior fama do planeta.
O namorado de Barbie, Ken, foi apresentado ao público em 1961 e batizado em homenagem ao irmão de Bárbara. O verdadeiro Ken, que morreu em 1994, rejeitou a boneca que fez sua família famosa. “Não quero que meus filhos brinquem com isso”, disse em 1993.

Tio Sam
Aos 14 anos, Sam Wilson fugiu de casa para juntar-se ao pai e aos irmãos na luta contra a tirania britânica durante a Revolução Americana. Aos 23, abriu uma empresa de embalagem de carnes em Troy, no estado de Nova York, ganhando a reputação de homem honesto e trabalhador esforçado.
Durante a guerra de 1812, Wilson foi nomeado inspetor de carnes das forças do Exército americano em Nova York e New Jersey, trabalhando com um fornecedor chamado Elbert Anderson Jr. Os barris de carne fornecidos por meio de Anderson eram marcados “EA – US’, identificando assim o fornecedor e o país de origem. Conta a lenda que, quando o governador de Nova York, Daniel D. Tompkins, visitou a fábrica e indagou a respeito das letras, um empregado de imaginação fértil disse-lhe que “US” era a sigla de “Uncle Sam” (Tio Sam) Wilson. Logo os soldados diziam que todos os carregamentos de suprimentos do Exército vinham do “Tio Sam”.
Depois da guerra, Tio Sam começou a aparecer em charges políticas, e sua caricatura, que evoluíra a partir do Irmão Jonathan (personagem ianque da revolução), acabou por substitui-lo como principal símbolo dos EUA.
A imagem que se perpetuou do Tio Sam foi criada pelo artista James Montgomery Flagg nos famosos pôsteres usados no recrutamento militar para a Primeira e a Segunda Guerras. Essa versão – um homem alto, de cabelos brancos e cavanhaque, casaco azul-marinho e chapéu com a estampa da bandeira americana – era um auto-retrato de Flagg.

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